Jerónimo de Sousa na <i>Cerâmica de Valadares</i>

 


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O Se­cre­tário-geral do PCP es­teve no sá­bado com os tra­ba­lha­dores con­cen­trados junto às ins­ta­la­ções da Ce­râ­mica de Va­la­dares que lutam pelo pa­ga­mento de dois meses de sa­lá­rios em atraso. Os tra­ba­lha­dores estão em vi­gília per­ma­nente à porta da fá­brica há mais de uma se­mana não dei­xando que saiam ou en­trem nas ins­ta­la­ções quais­quer ca­miões com en­co­mendas ou ou­tros ma­te­riais. Pri­meiro, exigem que sejam pagos os sa­lá­rios em falta.

«Aqui es­tamos! Aqui lu­tamos! Pa­guem o que devem!», «É cri­mi­noso o que nos estão a fazer» e «Não que­remos emi­grar, que­remos tra­ba­lhar» são apenas al­gumas das muitas men­sa­gens ins­critas das vá­rias faixas e car­tazes afi­xados na rede da fá­brica e que tes­te­mu­nham a têm­pera e o es­tado de es­pí­rito da­queles tra­ba­lha­dores. Estes fi­caram uma vez mais pa­tentes quando Je­ró­nimo de Sousa lhes di­rigiu umas pa­la­vras de es­tí­mulo para con­ti­nu­arem a sua luta, acres­cen­tando que esta vale a pena mesmo que não seja ven­cida no ime­diato. As res­postas foram con­tun­dentes: «vamos ga­nhar, não temos nada a perder» e «es­tarmos todos juntos já é uma vi­tória».

O Se­cre­tário-geral do PCP es­tava acom­pa­nhado por di­ri­gentes lo­cais e re­gi­o­nais do Par­tido que já são rostos co­nhe­cidos dos tra­ba­lha­dores da em­presa. Foram os co­mu­nistas, e não os res­pon­sá­veis por quais­quer ou­tros par­tidos, que ali es­ti­veram a seu lado desde o pri­meiro dia, apoi­ando de todas as formas pos­sí­veis a con­ti­nu­ação da luta e o re­forço da sua uni­dade, em con­di­ções tão di­fí­ceis como aquelas que atra­vessam.

Num co­mu­ni­cado da Co­missão Con­ce­lhia de Vila Nova de Gaia, de an­te­ontem, os co­mu­nistas de­nun­ciam as pro­messas não cum­pridas pela ad­mi­nis­tração da em­presa, que «in­siste em querer que os seus tra­ba­lha­dores re­gressem aos seus postos de tra­balho sem lhes co­locar o sa­lário nas contas ban­cá­rias». Foi essa mesma ad­mi­nis­tração que per­mitiu que a can­tina dei­xasse de fun­ci­onar, não for­ne­cendo re­fei­ções aos tra­ba­lha­dores que não re­cebem há dois meses e que re­tirou o re­lógio de ponto como forma de in­ti­midar e des­mo­bi­lizar os ope­rá­rios. Mas não con­se­guiram, pois estes re­agem a cada pro­vo­cação e falsa pro­messa com uma re­do­brada de­ter­mi­nação para re­sistir.



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